terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Inalar Alecrim estimula a memória e é antidepressivo, melhora o astral

Óleo essencial de Alecrim melhora a concentração, ativa a memória


Inalar Alecrim estimula a memória e é antidepressivo, melhora o astral

Por Marise Jalowitzki

Problemas de memória, muitos tem. Melhora na concentração, quem não quer? Em especial para crianças e idosos, estas informações são preciosas! Além de otimizar a performance também em indivíduos saudáveis.

Desde muito tempo nossos avós já falavam nos benefícios do Alecrim, por exemplo, para melhorar a acuidade mental, manter o foco nos estudos e assuntos em geral. A MTC - Medicina Tradicional Chinesa e todas as medicinas funcionais lidam com o poder das ervas medicinais. No Brasil, temos as chamadas PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES - AS OUTRAS MEDICINAS E INTERVENÇÕES, também utilizadas pela rede pública de saúde, o SUS. Nelas são utilizados tais medicamentos, de forma isolada ou conjuntamente, inclusive em problemas de saúde mais sérios. 

E não é de hoje que especialistas também da medicina convencional (alopatia) se debruçam sobre o tema, procurando comprovar cientificamente os poderes dos medicamentos naturais (fitoterápicos). 

Uma destas pesquisas, feita pela Universidade de Northumbria - UK, mostra que o alecrim apresenta um impacto significativo no humor e na memória. O que os pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade comprovaram é que 



Cheirar Alecrim estimula a memória

Este é um dado interessante, pois já recebi relatos de mães que, por conta de prescrição de médico funcional, deram chá de alecrim a seus filhotes e o efeito foi prejudicial, com vômitos e convulsões. Assim, cheirar o óleo de alecrim pode ser altamente benéfico, pois as propriedades são mantidas sem que o fígado tenha de se encarregar de processar o que ingerimos. 

Quando inalamos, as moléculas passam diretamente para a corrente sanguínea, indo até o cérebro.

Os pesquisadores solicitaram a 150 pessoas saudáveis, ​​com 65 anos ou mais, que se distribuíssem em salas separadas: uma com perfume de óleo de alecrim, outra com perfume de óleo essencial de lavanda e mais outra sala de controle com nenhum perfume. Os voluntários foram convidados a realizar testes que avaliavam sua memória em potencial:  a capacidade de lembrar de fazer algo em um determinado momento, como tomar remédios ou depois de receber um aviso, como postar uma carta depois de ver uma caixa postal. Eles também completaram um teste de avaliação de humor.

Os melhores escores foram obtidos pelos que estiveram na sala com aroma de alecrim. Eles exibiram uma memória prospectiva significativamente aprimorada, estavam mais alertas e apresentaram pontuações de teste 15% maiores do que aqueles que estavam na sala sem aroma. 



E os que estavam na sala com perfume de lavanda?

A lavanda, juntamente com a camomila, são sabidamente essências calmantes, cujos óleos são usados também em massagens relaxantes. Os resultados com os voluntários da pesquisa não foram diferentes: os que passaram algum tempo na sala perfumada com lavanda exibiram um aumento significativo de calma e satisfação, porém, com uma diminuição na capacidade de se lembrar de fazer algo em um determinado momento proposto.

O Dr. Mark Moss, Chefe do Departamento de Psicologia, disse: "O Alecrim tem uma reputação de estar associado à memória - até Shakespeare, em sua obra imortal Hamlet - cita o alecrim como revigorante da memória. Isso é sumamente importante, porque a memória em potencial, por exemplo, permite que você se lembre de tarefas que precisam ser executadas em determinados horários do dia".

Dr. Claudio Rhein, MD da MTC - Medicina Tradicional Chinesa, em Caxias do Sul-RS, ratifica e aponta os demais benefícios do Alecrim:

ALECRIM - propriedades
- antidepressivo (traz alegria, levanta o astral),
- bom para mente, para a memória,
- equilibra a pressão arterial
- atua na tosse, gripes, asma e problemas respiratorios,
- melhora a digestão,
- alivia cólicas,
- reduz gases intestinais,
- combate o stress,
- atua no mau hálito,
- fortalece o sistema imunológico, pois atua como desintoxicante,
- combate a ação de bactérias e vírus (antinflamatório),
- atua em processos urinários (cistite, infeção) etc. etc. etc.
Uma plantinha tão dadivosa,
e tão pouco reconhecida. 

Um dos compostos existentes no óleo de Alecrim, responsável pela melhora da memória é o eucaliptol, pois causa um aumento do neurotransmissor acetilcolina, impedindo que ele se transforme em uma enzima. Pode, portanto, agir de forma semelhante às drogas convencionais para tratamentos para demência e otimização em todos os casos. 


Os resultados desta pesquisa foram apresentados na British Psychological Society Conference anual em Nottingham (26-28 de abril de 2016).

http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/06/tdah-massagem-com-oleo-de-camomila.html

- Dr. Claudio Rhein, MD https://www.facebook.com/claudio.rhein.507

Os superpoderes do alecrim contra a demência -  https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1139105/os-superpoderes-do-alecrim-contra-a-demencia-e-alzheimer?utm_source=notification&utm_medium=push&utm_campaign=1139105

4 ervas que aumentam a concentração e protegem o cérebro da depressão, ansiedade e doença de Alzheimer -  http://compromissoconsciente.blogspot.com/2019/12/4-ervas-que-aumentam-concentracao-e.html


 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

Livro TDAH Crianças que desafiam 

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

4 ervas que aumentam a concentração e protegem o cérebro da depressão, ansiedade e doença de Alzheimer


"Há uma tendência crescente no uso de fitoterápicos, em vez de medicamentos, por isso é hora de dar mais atenção à aplicação do ginseng, o avô das plantas medicinais, das ciências básicas ao leito dos pacientes." NCBI - National Center for Biotechnology Information - Centro Nacional de Informação Biotecnológica - 2019 -   https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30513224


A medicina funcional, que usa fitoterápicos e-ou homeopatia, está sendo exercida principalmente por médicos formados pela medicina convencional (alopatia), QUE MIGRAM para novas formações e especializações, seja em MA - Medicina Antroposófica, MTC - Medicina Tradicional Chinesa, Naturopatia, etc.. Os resultados estão sendo cada vez mais promissores aos que se dispõem a não mais conviver pura e simplesmente com a medicação alopática, que é boa, sim, para situações de emergência (como os antibióticos, por exemplo), mas não para uso prolongado, pelo efeitos colaterais que traz.

Este post (bem como este blog) em nenhum momento aconselha abandonar o tratamento alopático que vem sendo usado, principalmente no que concerne ao uso de psicotrópicos, os famosos 'tarjados'. O que está sendo sugerido é procurar um médico destas outras medicinas e, com o devido acompanhamento, ir usando, conjuntamente, os fitoterápicos, espaçando as doses e, muitas vezes, obtendo o desmame dos medicamentos alopáticos, especialmente das drogas psicotrópicas, que causam dependência e tem efeitos colaterais danosos. 





Por David Wolfe (Em tradução livre de Marise Jalowitzki)

"Com todo o estresse com o qual lidamos no dia a dia e o fluxo constante de informações para o cérebro, às vezes, nossa mente pode precusar de um pequeno impulso. Quando se trata de saúde do cérebro, a natureza nos forneceu alguns dos melhores remédios. Existem várias ervas que têm o poder de reduzir o estresse e a ansiedade, protegendo nosso cérebro da demência e fornecendo outros benefícios surpreendentes à saúde de nossa mente, incluindo aumento da memória, foco e desempenho cognitivo. Se o seu cérebro precisa de um impulso, considere um remédio herbal natural que lhe é fornecido pela natureza."

Aqui estão quatro ervas que podem proteger seu cérebro:


1. Ginseng




"Estudos mostraram que o Ginseng é capaz de melhorar o humor e a função mental para ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade. O ginseng também tem a capacidade de estimular as células do cérebro e melhorar a concentração. Um estudo descobriu que o ginseng pode funcionar como um tratamento natural da doença de Alzheimer. Os pesquisadores também descobriram que o ginseng possui poderosas propriedades anticâncer. Tem a capacidade de inibir o crescimento do tumor, o que sugere que ele pode funcionar como um tratamento natural do câncer." Estudos continuam.

Em 2019, os resultados de um novo estudo com Ginseng foi publicado, desta vez em relação ao AVC, isquemia cerebral global; hemorragia intracerebral; oclusão da artéria cerebral média; MCAO permanente; hemorragia subaracnóide; MCAO transitório.  Outro estudo, também de 2019: Ginseng no tratamento a AVC, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson



2. Ginkgo Biloba




"Como uma das espécies mais antigas de árvores vivas, o Ginkgo Biloba tem sido usado há séculos para tratar muitos problemas de saúde, incluindo fluxo sanguíneo deficiente e memória insuficiente. Também foi demonstrado que ajuda pacientes com demência aumentando o fluxo de oxigênio para o cérebro. O Ginkgo Biloba suporta células nervosas afetadas pela demência e pode ser benéfico na prevenção da doença de Alzheimer, graças aos antioxidantes que ela contém que combatem os radicais livres. Acredita-se que os flavonóides e terpenóides no Ginkgo Biloba ajudem a reduzir as chances de doenças cardíacas, câncer e Alzheimer."



3. Alecrim




"Um dos primeiros usos documentados de Alecrim (Rosemary, em inglês) foi como estimulante cognitivo. É capaz de aumentar a retenção de memória, melhorar a memória e aumentar o foco. A capacidade do Alecrim de estimular a atividade cognitiva pode ajudar a reduzir o risco de Alzheimer ou demência. O aroma doce de alecrim tem sido associado à melhora do humor e ao alívio do estresse naqueles que sofrem de ansiedade crônica ou desequilíbrios hormonais."

N.B.: Como em todas as recomendações, fica o alerta para o acompanhamento com um médico da medicina funcional (natural), que atente para a alimentação, combustível básico para nosso corpo e manutenção da saúde. Em um Grupo que mantenho no Facebook, uma mãe diz que usou "por conta" o Alecrim em seu menino pequeno (não especificou a dose). Ele teve refluxo, vomitando.Cada corpo tem suas próprias reações e é preciso observar estas reações, coisa que o médico especialista pode e deve fazer.


4. Hortelã-pimenta




"A hortelã-pimenta contém um fitonutriente conhecido como monoterpeno. Estudos em animais mostram que esse fitonutriente tem a capacidade de interromper o crescimento de tumores pancreáticos, mamários e hepáticos. Também foi demonstrado que ajuda a proteger contra o câncer no cólon, pele e pulmões. Os pesquisadores descobriram que o cheiro e o sabor da hortelã-pimenta podem ter efeitos profundos na função cognitiva. Estudos demonstraram que a hortelã-pimenta aumenta o estado de alerta, memória, resolução de problemas, julgamento e atenção."

Pessoalmente, costumo comer uma a duas folhinhas de hortelã pela manhã, cru, por vezes em jejum.

Transcrição (o que está entre aspas ("  ") : https://www.davidwolfe.com/4-herbs-protect-brain-depression-anxiety-alzheimers/
Em tradução livre por Marise Jalowitzki)


Fontes:

NCBI - National Center for Biotechnology Information -
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18580589 (Gingseng - Panax)

NCBI - National Center for Biotechnology Information - (Gingseng - Panax - 2019)
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30513224

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22780999 (Gingseng - Panax - 2012)

Dr. Axe - https://draxe.com/nutrition/ginseng-benefits/ (Benefícios do Gingseng)

The Healthy Food - http://thehealthy-food.com/4-herbs-that-can-protect-your-brain-from-alzheimers-depression-anxiety-and-more/ (4 ervas p melhorar a cognição-memória)

Organic Facts - https://www.organicfacts.net/health-benefits/herbs-and-spices/rosemary.html (Alecrim)

The World’s Healthiest Foods - http://www.whfoods.com/genpage.php?tname=foodspice&dbid=102 (Hortelã-pimenta)

Natural Society - https://naturalsociety.com/mint-scent-improve-brain-cognition-memory/ (Hortelã-pimenta)


O ginseng processado a quente melhora a função cognitiva em pacientes com doença de Alzheimer moderadamente grave

Heo JH, Lee ST, Chu K, Oh MJ, Park HJ, Shim JY, Kim M.

Abstrato
OBJETIVOS:
Foi relatado que o ginseng melhora a função cognitiva em animais e em indivíduos saudáveis ​​e com problemas cognitivos. Neste estudo, investigamos a eficácia de uma forma de ginseng processada a quente que contém ginsenosídeos mais potentes do que o ginseng cru no tratamento de comprometimento cognitivo em pacientes com doença de Alzheimer moderadamente grave (DA).

MÉTODOS:
Quarenta pacientes com DA foram randomizados em um dos três grupos de doses diferentes ou no grupo controle da seguinte maneira: 1,5 g / dia (n = 10), 3 g / dia (n = 10) e 4,5 g / dia (n = 10) grupos ou controle (n = 10). A Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS) e o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) foram utilizados para avaliar a função cognitiva por 24 semanas.

RESULTADOS:
Os grupos de tratamento mostraram melhora significativa no MMSE e no ADAS. Pacientes com grupo de dose mais alta (4,5 g / dia) apresentaram melhorias no escore ADAS cognitivo, ADAS não cognitivo e no MEEM, já em 12 semanas, o que se manteve por 24 semanas de acompanhamento.

DISCUSSÃO:
Esses resultados demonstram a potencial eficácia de uma forma de ginseng processada termicamente na função cognitiva e nos sintomas comportamentais em pacientes com DA moderadamente grave.

PALAVRAS-CHAVE:
Doença de Alzheimer; Conhecimento; Ginseng



Heat-processed ginseng enhances the cognitive function in patients with moderately severe Alzheimer's disease.

Abstract

OBJECTIVES:

Ginseng has been reported to improve cognitive function in animals and in healthy and cognitively impaired individuals. In this study, we investigated the efficacy of a heat-processed form of ginseng that contains more potent ginsenosides than raw ginseng in the treatment of cognitive impairment in patients with moderately severe Alzheimer's disease (AD).

METHODS:

Forty patients with AD were randomized into one of three different dose groups or the control group as follows: 1.5 g/day (n = 10), 3 g/day (n = 10), and 4.5 g/day (n = 10) groups, or control (n = 10). The Alzheimer's Disease Assessment Scale (ADAS) and Mini-Mental State Examination (MMSE) were used to assess cognitive function for 24 weeks.

RESULTS:

The treatment groups showed significant improvement on the MMSE and ADAS. Patients with higher dose group (4.5 g/day) showed improvements in ADAS cognitive, ADAS non-cognitive, and MMSE score as early as at 12 weeks, which sustained for 24-week follow-up.

DISCUSSION:

These results demonstrate the potential efficacy of a heat-processed form of ginseng on cognitive function and behavioral symptoms in patients with moderately severe AD.

KEYWORDS:

Alzheimer disease; Cognition; Ginseng
PMID:
 
22780999
 
DOI:
 
10.1179/1476830512Y.0000000027



As pesquisas com Gingseng continuam:

Em 2018, um estudo demonstrou resultados em situações de fadiga, sudorese, hipertensão. 
"Nossa revisão mostrou algumas evidências da utilidade do ginseng, o que sugere que ele tem potencial para ser usado no tratamento de sintomas relacionados à idade e fragilidade, como fadiga e hipertensão." (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30705884)


Ginseng e AVC

Em 2019, os resultados de um novo estudo com Ginseng foi publicado, desta vez em relação ao AVC, isquemia cerebral global; hemorragia intracerebral; oclusão da artéria cerebral média; MCAO permanente; hemorragia subaracnóide; MCAO transitório

 2019 Apr 24;13:294. doi: 10.3389/fnins.2019.00294. eCollection 2019.

Eficácia e Mecanismo do Panax Ginseng no Curso Experimental.
Liu L1, Anderson GA1, Fernandez TG1, Doré S1,2.
Informação sobre o autor
1
Departamento de Anestesiologia, Centro de Pesquisa Translacional em Doenças Neurodegenerativas e McKnight Brain Institute, Universidade da Flórida, Gainesville, FL, Estados Unidos.
2
Departamentos de Neurologia, Psiquiatria, Farmacêutica e Neurociência, Universidade da Flórida, Gainesville, FL, Estados Unidos.

Abstrato
O AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade a longo prazo em todo o mundo. No entanto, abordagens terapêuticas eficazes ainda são limitadas. A interrupção do suprimento sanguíneo desencadeia eventos temporais e espaciais complicados que envolvem alterações hemodinâmicas, bioquímicas e neurofisiológicas, levando a distúrbios patológicos e diversos sintomas clínicos. O ginseng (Panax ginseng), uma erva popular distribuída no leste da Ásia, tem sido amplamente utilizada como suplementos medicinais e nutricionais para uma variedade de distúrbios em todo o mundo. Nos últimos anos, o ginseng mostrou efeitos benéficos atraentes em distintos distúrbios neurológicos, incluindo acidente vascular cerebral, envolvendo múltiplos mecanismos de proteção. Neste artigo, revisamos a literatura sobre estudos de ginseng no campo experimental do AVC, enfocando particularmente as evidências in vivo sobre a eficácia preventiva ou terapêutica e os mecanismos do ginseng e ginsenosídeos em vários modelos de AVC de camundongos e ratos. Também resumimos a eficácia e os mecanismos subjacentes ao ginseng e aos ginsenosídeos nos resultados de acidente vascular cerebral a curto e longo prazo.

PALAVRAS-CHAVE:
ginsenosídeos; isquemia cerebral global; hemorragia intracerebral; oclusão da artéria cerebral média; MCAO permanente; hemorragia subaracnóide; MCAO transitório
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31068769)



Este também é de 2019: Ginseng no tratamento a AVC, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson

Potencial terapêutico do Panax ginseng e seus constituintes, ginsenosídeos e gintonina, em distúrbios neurológicos e neurodegenerativos: uma revisão de patentes.
Rajabian A1,2, Rameshrad M3, Hosseinzadeh H3,4.

Informação sobre o autor

1 - Centro de Pesquisa Farmacológica de Plantas Medicinais, Faculdade de Medicina, Universidade de Ciências Médicas Mashhad, Mashhad, Irã.

2 - Departamento de Farmacologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Ciências Médicas Mashhad, Mashhad, Irã.

3 - Centro de Pesquisa Farmacêutica, Instituto de Tecnologia Farmacêutica, Universidade de Ciências Médicas Mashhad, Mashhad, Irã.

4 - Departamento de Farmacodinâmica e Toxicologia, Escola de Farmácia, Universidade de Ciências Médicas de Mashhad, Mashhad, Irã.

Abstrato
INTRODUÇÃO:
O ginseng, Panax ginseng, tem sido usado para várias doenças e comprovou sua grande eficácia no gerenciamento de doenças do sistema nervoso central.

ÁREAS COBERTAS:
Este artigo cobre o potencial terapêutico das patentes do ginseng e de seus constituintes ativos para desenvolver terapias para distúrbios neurodegenerativos e neurológicos, desde 2010. A revisão da literatura foi fornecida usando vários mecanismos de pesquisa, incluindo Google Patent, Espacenet e US Patent no campo de doenças neurodegenerativas, Doença de Alzheimer, doença de Parkinson, distúrbios cognitivos e neurológicos.

OPINIÃO DE UM 'EXPERT:
Os dados coletados representaram méritos notáveis ​​do ginseng no tratamento de distúrbios neurodegenerativos e neurológicos. Esses efeitos foram mediados por neurogênese, propriedades anti-apoptóticas e antioxidantes, inibição da disfunção mitocondrial, canais Ca2 + operados por receptores, agregação beta amilóide e ativação microglial, bem como modulação de neurotransmissores. No entanto, estes compostos têm aplicação clínica limitada para a prevenção ou tratamento de distúrbios neurodegenerativos e neurológicos. Isso pode dever-se a dados incompletos sobre suas propriedades clínicas farmacocinéticas e de toxicidade e a investimentos econômicos limitados. Há uma tendência crescente no uso de fitoterápicos, em vez de medicamentos, por isso é hora de dar mais atenção à aplicação do ginseng, o avô das plantas medicinais, das ciências básicas ao leito dos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE:
Doença de Alzheimer; Panax ginseng; Mal de Parkinson; Patente; ginsenosídeo; neuroprotective
PMID:
 
30513224
 
DOI:
 
10.1080/13543776.2019.1556258








Cuidando do Cuidador - Depressão - Saber aceitar que se trata de uma crise e não forçar a saída do estado




Marise Jalowitzki

Os quadros de depressão precisam ser levados a sério e, felizmente, cada vez mais isto vem acontecendo. É preciso dedicar igual atenção ao cuidador, isto é, a pessoa que atende as pessoas depressivas por ocasião das crises ou nos atendimentos nos centros de atendimento especializados.

Tenho amigos que, mesmo sendo profissionais da saúde, trabalhando em hospitais, ao serem destacados para o acompanhamento dos participantes do CAPS, em alguns meses não aguentaram e tiveram de entrar em licença psiquiátrica.

Quantas vezes o depressivo é um familiar e é você que convive com ele? Importante atentar para a necessidade de preparo para lidar, para nao piorar ainda mais a crise do familiar depressivo, e, ao mesmo tempo, não sobrecarregar a si próprio.

Uma pessoa depressiva pode exercer uma profissão, ou estuda e, de uma hora para outra, sem nenhum motivo aparente, deixa de cumprir seus compromissos, simplesmente não quer sair da cama, ou se arrasta pela casa sem vontade pra nada.

Quem convive com um ente querido com depressão sabe quão difícil se torna este trato diário, quando o outro está apresentando os sintomas da doença. Exige uma sobrecarga emocional do cuidador e, por isto, toda informação pertinente é primordial para saber conduzir as situações aflitivas.
O Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Ansiedade pode levar à depressão e a idéias suicidas e, ainda pior, à consecução do ato. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), nosso país tem o maior número de pessoas depressivas da América Latina. Conviver com um transtorno de ansiedade é desafio diário para 18,6 milhões de brasileiros conforme mostrou a OMS (Organização Mundial da Saúde) recentemente. 

A depressão afeta 12% da população brasileira. A depressão, com ou sem tratamento medicamentoso, tornou-se uma das principais causas dos 11 mil suicídios  registrados anualmente por aqui.



ENTENDIMENTO QUE SE TRATA DE UMA CRISE

Quem se prontifica (ou é direcionado) a ser auxiliativo, geralmente quer que o outro saia deste quadro de sofrimento. O que, porém, nem sempre acontece.
Um dos mitos, em se tratando de quadro depressivo, é tentar (a mais das vezes, sem nenhum sucesso) retirar a pessoa daquele mar de tristeza em que ela está imersa.

Bem mais que dar conselhos vazios, tipo "se eu fosse você", "faça um esforço" ou "sai dessa", o importante é "dar o ombro", mostrar que compreende e está receptivo.

Insistir para que a pessoa reaja, pode piorar o quadro depressivo e, por mais boa vontade que o Cuidador tenha, por mais carinho externado, não raro ele(a) se frustra e também desequilibra emocionalmente.

Importante é permitir que o outro fale, e manter-se em posição de escuta respeitosa, sem interferir. Geralmente o que o outro precisa é apenas desabafar, ainda que sejam as mesmas coisas, situações para as quais nem sempre há solução, como perdas, por exemplo.

Pode ser salutar apontar situações parecidas onde, ao final, tudo deu certo.
O Cuidador tem de ter bem presente que está lidando com uma pessoa portadora de uma doença emocional e que, durante o tempo que durar a crise, vai ser assim. 

E de que muitas vezes não adianta querer oferecer programas legais na intenção de que ela melhore. Nem sempre isto é possível, pois a pessoa em crise simplesmente não consegue sair daquele astral, e o cuidador tem de estar ciente disto. E não ficar chateado, nem se sentir impotente.

É um preparo emocional que precisa ser internalizado, aprendido, para não gerar frustração em si mesmo e não acabar se impacientando com o doente, por mais que o ame.

Deixá-lo o mais confortável possível, dar a mão em sinal de conforto quando estiver muito triste, chorando. Ser companhia. Um chazinho também pode ser um conforto. Uma massagem suave. Um abraço.



IMPORTANTE RELAXAR, SAIR DO ESTADO

O Cuidador, após sentir que pode se afastar (o paciente adormeceu, ou está vendo um programa um tanto mais tranquilo, ou lendo (ou fazendo de conta), etc., deve procurar relaxar.
- Deitar de barriga pra cima.
- Tentar não pensar em nada, ou pensar numa coisa ou serzinho amorável, como um cãozinho dócil e amigo, por exemplo.
- Fechar os olhos e realizar uma breve massagem sobre as pálpebras.
- Aceitar as coisas como elas são (ou estão) é fundamental.
- Ver outro cenário (ou imaginar), onde as coisas estejam mais tranquilas, harmoniosas.
- Pode ouvir uma música calma, preferencialmente instrumental.
- Procurar fixar uma imagem com bastante cor, preferencialmente o amarelo ouro (que evoca o raciocínio lógico) e o roxo (que transmuta a situação de onde ela está para onde a idealizamos).
- Tomar, ele também, um chazinho ou água (preferencialmente morna). Se suportar bem, um café com pouco açúcar (mascavo).
- Se possível, tomar um banho morno ou frio.
- Dizer-se: Não sou super herói (heroína)! Fiz o meu melhor! Amanhã será outro dia!

Ajuda a manter forte e disponível. Sem autopersuasão nem autoconvencimento. Só sentindo e sendo.



PONTOS ONDE BUSCAR AJUDA


Serviços de Saúde e Grupos de Apoio

- CAPS - Centro de Atenção Psicossocial - estão geralmente vinculados à prefeitura do município, operando em locais específicos ou em salas de hospitais.

- Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde)

- Universidades geralmente também oferecem estes serviços, nos mesmos moldes 

- Neuróticos Anônimos - Grupos que geralmente estão operando em salões paroquiais da Igreja Católica ou em sedes da Cruz Vermelha

CVV - Disque 188
Por meio do telefone 188, o CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional a pessoas que querem e precisam conversar, sob sigilo absoluto. As ligações são gratuitas em todo o Brasil e podem ser feitas em qualquer horário, todos os dias.
Emergência
SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Depressão e Suicídio entre Juízes - Juízes do Trabalho são os mais afetados




Marise Jalowitzki

A pressão advinda da responsabilidade que o próprio cargo de juiz acarreta, torna esta classe bastante exposta ao adoecimento, tanto ocupacional quanto emocional, onde a depressão, as idéias suicidas e os próprios atos de suicidalidade são os aspectos mais preocupantes, pois incapacitadores e, por vezes, inexoravelmente trágicos. O site jus.brasil.com.br aborda os fatores que contribuem para a incapacitação (9.8.11), embora o quadro continua, e em nível crescente.

Em uma rápida busca na web (5min), somente neste ano de 2019, dois suicídios e uma tentativa com resgate bem sucedido, foram amplamente noticiados.

Com o tabu que, infelizmente, ainda permeia o tema suicídio [e até mesmo a depressão), sabemos quanto maior é este índice. O Brasil, particularmente, omite muito, fala pouco e, na maioria das vezes, repete mensagens de prevenção que pouco somam, tanto para quem se dispõe a ajudar, como a quem está procurando por ajuda.

A maior indicação continua sendo o CVV – Centro de Valorização da Vida, importante iniciativa, sim, mas que é uma ligação de socorro, anônima, sem nenhum vínculo. E, como declaram os voluntários que estão ‘do outro lado da linha’: Quando a ligação acaba, nunca sabemos se o contato fez efeito positivo, nunca sabemos o que aconteceu depois.


Juízes do Trabalho são mais acometidos

Uma pesquisa promovida pela Associação Nacional dos Juízes do Trabalho – Anamatra, sob coordenação da Professora Ada Assunção, do departamento de medicina da UFMG, mostra que juízes do trabalho sofrem mais de depressão e estão mais sujeitos a transtornos mentais comuns do que o normal da população, além de apresentarem maior uso de medicamentos para transtornos mentais comuns.

A pesquisa também apontou um dado alarmante: parcela de juízes que responderam a pesquisa foi afirmativo quanto à questão sobre se já haviam pensado em acabar com a própria vida.


Ah! Mas eles ganham bem!




Ao se discutir sobre a saúde dos magistrados no Brasil, os comentários e ressalvas costumam apresentar as questões salariais e outras prerrogativas dos juízes, como se tais situações fossem intrinsecamente vinculadas, ratificando a crença de que doenças físicas e mentais advindas do desempenho no trabalho só poderiam ocorrer entre os trabalhadores que recebem salários mais baixos ou não tem estabilidade no emprego, por exemplo.

Felizmente, com o aumento do diálogo sobre os temas depressão e suicídio, tais mitos tendem a se desmanchar por completo, já que todos nós, sem exceção, somos candidatos.

“Quando juízes alertam, através de dados científicos, para o problema da saúde no trabalho da magistratura, de forma alguma pretendem dizer que outras categorias profissionais não têm problemas semelhantes ou piores. Não é raro que se diga que categorias submetidas a grande estresse não ganham tão bem quanto os juízes e correm riscos profissionais diversos. É a saída mais fácil: compara-se com situações tão difíceis quanto ou piores e não se faz nada para melhorar nenhuma delas, em um conformismo social que não permite o avanço da sociedade como um todo”, afirma o juiz Luciano de Toledo Coelho.

“No dia 04 de agosto de 2011, por volta das 10h45, a juíza do trabalho Lúcia Teixeira da Costa, da 2ª Vara do Trabalho da capital, Recife-PE, suicidou-se, atirando-se do 11º andar do prédio da Sudene, na Cidade Universitária, onde funciona a Justiça Trabalhista. Lúcia trabalhava no edifício onde atualmente funciona a Justiça do Trabalho. A ANAMATRA – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho – lamentou a morte da juíza, solidarizando-se com a família e amigos da magistrada. Segundo relatos dos advogados trabalhistas pernambucanos a juíza era muito querida dos trabalhistas, posto que dotada de alta sensibilidade social, zelosa, cumpridora de seus deveres e amiga de todos, com quem se relacionava com urbanidade, respeito, civilidade.
  


Os preconceitos que impedem a melhoria


Tal situação contém confusões que podem levar a duas conclusões perigosas, mas que representam parte do senso comum acerca principalmente da depressão: a primeira, ao tratar como sinônimos a depressão e a tristeza. A depressão se relaciona aos baixos níveis de serotonina, substância necessária à atividade neuronal e a áreas do cérebro ligadas ao sentimento de bem estar. Trata-se de doença que tem forte componente químico e de predisposição genética, todavia, o desenvolvimento da doença e dos sintomas tem como causa fatores ambientais. A doença é de complexo diagnóstico e de tratamento que envolve inúmeras variáveis individuais.

Preconceitos envolvendo os transtornos mentais, como associar depressão à falta de força de vontade ou a mera tristeza por questões materiais e fatores unicamente externos, podem comprometer a busca por um tratamento efetivo e levar, em casos mais graves, ao suicídio. A pessoa tenta superar sozinha, "afinal, é preciso ser guerreiro(a)!... 

"A pesquisa da Anamatra mostra que, comparados a dados gerais do restante da população, inclusive profissões com salários médios menores, juízes do trabalho apresentam maior predisposição a transtornos mentais e foram mais diagnosticados com depressão, ou seja, fica demonstrado que os salários dos magistrados em nada alteram os índices de depressão na magistratura do trabalho, ou seja, não existe ligação entre salário e depressão."


Juiz é um indivíduo ‘acima da média’?





O que mais atrasa a pessoa que precisa de ajuda, a PROCURAR ajuda, independente da categoria profissional e-ou status social, é a dificuldade em RECONHECER que o peso emocional está muito alto e que é preciso um atendimento especializado.

Não é diferente no caso dos magistrados. O risco dessa relação imposta e aceita (de que depressão é ‘menos comum quanto maior o salário, ou quanto maior a estabilidade do cargo’) pode ser perigoso. Um juiz, embora tenha em suas mãos a decisão do futuro de tantas pessoas e situações, NÃO É um ser especial, nem suas capacidades são ilimitadas. E é imprescindível, como com todos, que consiga avaliar quando está se aproximando de seus limites de resiliência.


Principais causas

Magistrados podem se sentir afetados emocionalmente com as causas julgadas por eles. São humanos.

“Esse relevante fato nem sempre é levado em conta quando se fala em gestão, produtividade e qualidade da prestação jurisdicional. Juízes trabalham, sempre, com alto grau de pressão mental (e o significante de ‘pressão’ não é mera coincidência). Impossível quantificar-se em estatísticas de produtividade o desgaste da tomada de decisão e seus efeitos, característica inerente à profissão.

Independentemente da inegável validade de estabelecimento de objetivos e técnicas de gestão e do estímulo à celeridade processual e à conciliação, a questão posta parece ser a de que existe um limite para se impor uma lógica de produção a uma atividade que exige uma formação de convencimento fundada em inúmeros fatores e acesso a inúmeros recursos mentais e emocionais, nem sempre instantâneos e à disposição de todos os indivíduos. 
  
- Natureza das situações - Tomadas de decisões diárias que influenciarão decisivamente e diretamente na vida das pessoas, inclusive retirando-lhes bens materiais, a realização de dezenas de audiências semanais, comuns na justiça do trabalho, a busca da conciliação utilizando a persuasão junto às partes, a argumentação diária em face de pessoas emocionalmente envolvidas diante da demanda judicial que o magistrado irá decidir, as quais sempre buscam fortemente defender seus interesses e atuar no convencimento do magistrado, são fatores que causam forte estresse mental.

- Decisão célere - Sobre isso, acresça-se a busca pela decisão célere e que represente a melhor justiça no primeiro grau, e, nos tribunais, a realização de sessões com centenas de processos e necessidade de decisões, muitas das quais tem forte impacto social e determinam situações que, mesmo aparentemente de menor porte ou valor pecuniário, assumem extrema importância do ponto de vista individual para o jurisdicionado.” 

Estes dois aspectos (natureza das situações e decisão célere), vinculados que são, “podem afetar diretamente a percepção, a capacidade de análise e discernimento, o raciocínio lógico e algumas capacidades cognitivas essenciais para um profissional que tem como função principal a de analisar argumentos das partes, documentos dos autos, e julgar e decidir de forma rápida e fundamentada”.

Some-se, ainda, a eventualidade de ameaças dirigidas aos magistrados, especialmente quando se trata de juízas. E os casos de herança genética.


Amar o que se faz não implica em deixar de cuidar de si



“A pesquisa mostrou, ainda, que a maior parte dos magistrados do trabalho está satisfeita com sua profissão: o dado, aparentemente paradoxal, é na verdade coincidente e mostra o profissional que se dedica tanto à sua profissão e preocupa-se com seus resultados, a ponto de adoecer e não cuidar de si mesmo. Como o cardiologista que descuida do próprio coração, juízes desgastam-se mentalmente para realizar a melhor prestação jurisdicional e não observam a própria saúde física e mental.

Com efeito, a pesquisa indica que os juízes do trabalho preocupam-se, fortemente, com os efeitos e qualidade de sua decisão e a justiça no caso concreto. Não raramente, durante e após a tomada de decisões diárias, as quais não se limitam ao período trabalhado na vara ou tribunal, pois a maior parte dos juízes informa que trabalha em casa e nos finais de semana, os efeitos do desgaste se manifestam, seja por dificuldades no sono (apontada também na pesquisa) seja pelos reflexos na qualidade de vida em geral, menor convivência com a família e obesidade.

Um juiz em depressão traz tantos riscos à sociedade quanto um médico ou um policial sem condições psicológicas de exercerem seu trabalho.  

Além do sofrimento dele próprio.

Olha o sofrimento deste juiz, Laércio Lopes da Silva, com diagnóstico de depressão e esquizofrenia, fica pendurado na janela sem comer, ameaçando se suicidar. Felizmente, foi resgatado com vida. Caso aconteceu em abril deste ano (2019), em Barueri-SP.

Não foi o desfecho para Juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues, que se suicidou com tiro no Clube de Tiro Protect, em Belo Horizonte-MG, em agosto de 2018.  
“Os indícios de que Abrantes Rodrigues tenha cometido suicídio alertam as associações representativas da magistratura. É preocupante a ocorrência de episódios como este na classe. Neste momento de dor, a AMAERJ se solidariza com parentes, amigos e colegas do magistrado.”


(links e mais detalhes ao final desta página)



O que pode e precisa ser revisto

Como sabemos, a prevenção é sempre a mais necessária das providências.

Medidas precisam ser tomadas:

1)  Juízes devem passar por avaliações periódicas de saúde física e por avaliações de saúde mental constantes, feitas por profissionais capacitados.

2)  Como em todas as populações, a busca por assistência psicológica e a informações sobre formas de identificação e tratamento de doenças mentais não pode continuar sendo um tabu (sim, pois muitos ainda pensam que isto é só ‘coisa pra louco”)...

3)  Estímulo à práticas que previnam tais transtornos, que vão muito além do simples e perigoso uso indiscriminado de medicamentos. 

  Exercícios diários, encontros de desenvolvimento humano, ênfase em sono de qualidade e alimentação correta. Grandes empresas já institucionalizaram esta prática da prevenção, incluindo os seus executivos.

“É preciso, portanto, para o avanço da sociedade e a real melhora da qualidade da prestação jurisdicional, uma ótica que, além do louvável foco em resultados numéricos, celeridade e gestão, focalize também a saúde mental e a qualidade de vida dos magistrados, eis que, muitas vezes, por trás de estatísticas extremamente positivas, o demônio do meio-dia pode estar à espreita.

(Este post leva como referência principal as declarações de Luciano Augusto de Toledo Coelho é juiz do Trabalho no TRT-PR, graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Todas as citações entre aspas (" ") são de sua autoria.)

Serviram de fonte:

- Depressão entre os Juízes - Texto de Mello publicado em 17.dezembro.2013



2019 – 27.abril – Barueri – TENTATIVA de suicídio – Juiz Laércio Lopes da Silva (olha o sofrimento deste senhor. Depressivo, esquizofrênico, fica pendurado na janela sem comer, ameaçando se suicidar). http://webdiario.com.br/noticia/24542/bombeiros-resgatam-juiz-que-tentava-se-suicid2

2019 09.setembro – Teresina – Juiz Fernando Luiz Mendes Cruz  é encontrado morto em piscina de sua casa. Polícia descarta homicídio. Até a presente data não há o laudo divulgado - https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/09/09/juiz-da-7a-vara-criminal-e-encontrado-morto-em-sao-luis.ghtml

2018 – 19.agosto – Belo Horizonte - Juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues – suicídio com tiro no Clube de Tiro Protect - http://amaerj.org.br/noticias/amaerj/nota-de-pesar-pela-morte-de-juiz-do-tj-mg/
“Com pesar, a AMAERJ comunica a morte do juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). O falecimento aconteceu neste sábado (18), em Belo Horizonte. Na ocasião, o magistrado visitava o Clube de Tiro Protect.
Os indícios de que Abrantes Rodrigues tenha cometido suicídio alertam as associações representativas da magistratura. É preocupante a ocorrência de episódios como este na classe. Neste momento de dor, a AMAERJ se solidariza com parentes, amigos e colegas do magistrado.
Marco Aurélio Abrantes Rodrigues era juiz auxiliar na Comarca de Belo Horizonte, para onde fora transferido em 2017. Antes, dirigira a Comarca de Caratinga, município na região do Vale do Aço, sudeste de Minas Gerais.
Formado em Direito em 2002 pelo Centro Universitário de Sete Lagoas (MG), Abrantes Rodrigues tinha especializações em Direito Tributário e Direito Processual Civil, ambas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais.  
O sepultamento aconteceu no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte.”

2011 – 04.agosto – Recife - Juíza Lúcia Teixeira da Costa Oliveira – Juíza do Trabalho, jogou-se do 11º andar do prédio em que trabalhava - https://oglobo.globo.com/brasil/policia-investiga-morte-de-juiza-no-predio-da-justica-do-trabalho-em-recife-2706721


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